quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

32º Prêmio de Jornalismo - Vladimir Herzog

O Prêmio de Jornalismo Vladimir Herzog é um marco no calendário do jornalismo brasileiro. A morte de Herzog simboliza uma nova etapa na constituição de nosso país, ou seja, uma batalha pela redemocratização da comunicação brasileira. Muitas empresas de comunicação agem deliberadamente com abuso de poder, e os jornalistas são as maiores vítimas destas ações contra a liberdade de imprensa. O jornalista procura trabalhar na apuração criteriosa dos fatos, pois a informação não pode ser tratada como meio privado, ou seja, é um direito social. De acordo com o presidente do sindicato dos jornalistas José Augusto de Oliveira Camargo, a Federação Nacional de Jornalistas e Radialistas questionam fatos de que há mais de vinte anos não foi regulamentada nenhuma lei como, por exemplo: garantir o direito de resposta para os veículos de comunicação; regulamentar as profissões de comunicação.
O presidente do Instituto Vladimir Herzog, Ivo Herzog falou sobre os trabalhos que a instituição vem realizando ao longo desses anos, e de sua grande importância para a sociedade, como a saúde, que é um direito do cidadão. Foram proferidas palavras do Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Sr. Paulo Vannuchi, que ressaltou a importância em participar do prêmio Vladimir Herzog, e deu ênfase em relação aos nossos votos para a próxima eleição, mostrando que devemos votar com consciência. Outro fator importante destacado, é que líderes que tiveram envolvimento com torturas e exploração sexual não podem ter nomes em escolas, avenidas etc.
Os primeiros premiados foram os alunos que fizeram os cartazes para a apresentação, e foram eles: Marly Bolina da cidade de Guaratinguetá e Felipe Duarte do Rio de Janeiro. A entrega dos certificados foi feita por Ivo Herzog. O presidente do júri Nermércio Nogueira analisou 57 processos dos quais quatro foram escolhidos, sendo dois de São Paulo, um do Rio de Janeiro e um de Canoas Rio Grande do Sul.
Pauta: Direito à vida e Direito à Justiça
Uma pauta não pode ser apenas uma boa ideia, ela tem que ter um resumo do conceito, precisa ser expressiva e interessar ao leitor. Nermércio enfatizou ainda que os próximos concorrentes tenham isso em mente, pois esses elementos são fundamentais. No decorrer da apresentação foi feita ainda uma homenagem aos professores que ajudaram os alunos a concluírem seus projetos.
Dentre os prêmios estão às seguintes categorias e sua menção honrosa.
  • Categoria livro
  • Categoria arte
  • Categoria rádio
  • Categoria internet
  • Categoria fotografia
  • Categoria imagem
  • Categoria TV documentário
  • Categoria TV reportagem
  • Categoria revista
  • Categoria jornal falando sobre a violação dos direitos humanos intangíveis e a saúde como direito do cidadão.
Para finalizar ouvimos a palavra de Ivan Seixas, representante do Fórum dos ex-presos e perseguidos políticos do Estado de São Paulo, que fez uma pequena explanação sobre o que aconteceu na época da ditadura e sobre os antigos presidentes e seus mandatos. Ressaltou ainda que a humanidade deve se impor sobre a barbárie “Devemos homenagear nossos heróis, e todos os torturadores do passado devem ser achados e punidos na forma da lei” acrescenta.
Por Susana Jaqueline
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