terça-feira, 26 de abril de 2011

Novos profissionais de Editoração encontram mercado de trabalho amplo e exigente

Alunas do sétimo semestre de Editoração e os repórteres do Profissão Focas 

Da esquerda para direita: Thaynara Macário, Daniele Szakacs, Evelyn Rodrigues, Michelle Okumura, Camila Santos, Bárbara Gabriela e Érika Neves.
Texto: Natalia Lippo e Natalia Tozzo, com colaboação de Egon Ferreira e Diego Rafael
Edição de Marcella Tollendal e Isabelle Stepanies
Fotos: Prof. ª Daniela Moraes 

Se você pensa que quem faz Editoração vai passar a vida editando conteúdo, muito se engana. Nas Faculdades Integradas Rio Branco (FRB), o curso forma profissionais voltados para o desenvolvimento de layout de livros, revistas, jornais e até sites.
Após ter uma base teórica semelhante a das outras habilitações de Comunicação Social, a partir do terceiro ano os alunos de Editoração passam a criar produtos editoriais. Em seguida, aprendem como colocá-los no mercado.
No ano passado, da turma que se formou, praticamente todos saíram bem posicionados no mercado. Crédito das FRB, que disponibiliza um dos sete melhores cursos de Editoração do Brasil, premiado com o primeiro lugar no ENADE em São Paulo.
Estudantes das Faculdades também costumam ser destaque. É o caso de Gustavo Reis, considerado o melhor aluno de Editoração do Brasil. Em cerimônia que contou com a presença do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, ele recebeu das mãos do ministro da Educação, Fernando Hadad, o prêmio para cursar mestrado em uma universidade brasileira.

Mas qual é o perfil do aluno de Editoração?

“Comparado ao público das outras habilitações, o futuro designer editorial é introvertido, se identifica com programas gráficos e marcas”, conta Suli Moura, coordenadora do curso de Comunicação Social. Ela explica que muitos interessados na profissão acabam por desconhecer a possibilidade de cursar Editoração por conta da nomenclatura, que leva a pessoa a pensar que atuará em redações, lidando apenas com conteúdo.
De fato, as alunas Camila Santos e Michelle Okumura, do 7° Semestre de Editoração, confirmam: “A principal dificuldade é saberem para quê serve um editor. A verdade é que há poucos profissionais na área e, também, poucos sendo formados”. Já Adriana Nunes, aluna da 5ª Etapa, aponta a falta de vagas para atuação em sua própria área como a maior dificuldade. Segundo ela, “o mercado de trabalho pede um profissional faz tudo, em que o editor acaba tendo que desempenhar outros tipos de função, enquanto suas atribuições acabam ficando para jornalistas, por exemplo”.
O profissional de Editoração é responsável por gerenciar tanto a produção quanto o produto final das publicações, sejam as periódicas ou as não-periódicas, como livros, revistas, álbuns, cadernos e almanaques. É preciso dar atenção à capa, ao design, ao formato do texto, à adequação da revista e de seu conteúdo para o público-alvo e à linguagem correta a ser utilizada, dentre muitas outras funções.

Bom repertório visual é essencial para crescer na área
Ciente do grau de exigência do mercado, as FRB oferecem uma grade curricular atualizada, com disciplinas como Produção Gráfica, Projeto Editorial, Oficina de Produção, Projeto Gráfico, Branding e Direito Autoral. Segundo Thaynara Macário, Daniele Szakacs e Camila Santos, da 7a etapa, os alunos de Editoração aprendem a cuidar de diversos softwares para auxiliar na produção gráfica de jornais, revistas, livros, sites e mídias digitais.
De acordo com Monica Rodrigues, da 5ª etapa, o profissional de Editoração precisa ser crítico, observador, dinâmico e ler muito. Para ter um bom crescimento nessa área, é essencial ter um bom repertório visual. Já as alunas Érika Neves e Bárbara Gabriela, da 7a etapa, explicam: “É importante conhecer a montagem dos produtos, ter noções de Semiótica, saber analisar as obras e relacioná-las ao seu público-alvo e, às vezes, relacioná-las com obras diferentes”.
Com relação aos principais desafios da área, todas são unânimes: “Para atuar como editor é preciso ter uma grande gama de conhecimentos e também uma boa vivência de mercado. Certas vezes, as empresas requerem pessoas com conhecimentos de outras áreas”.